Os indicadores hospitalares são dados e índices sobre setores distintos de um hospital que ajudam a aprimorar a gestão em saúde, seja na avaliação de processos ou na tomada de decisões.
O conjunto destes dados expressam o estado de desempenho do centro clínico, revelando se ele está dentro ou fora do padrão do que é esperado pela gestão. Desta forma, vários fatores são avaliados para chegar neste resultado.
Diante disso, listamos os principais indicadores hospitalares para aprimorar a gestão em saúde da sua instituição. Veja!
9 indicadores hospitalares que você deve acompanhar
1. Taxa de ocupação
Este é um dos indicadores mais importantes para avaliar o desempenho de um hospital, pois é por meio dele que o gestor consegue verificar se a quantidade de leitos à disposição é suficiente para continuar operando. Caso não, isso significa que deverá haver uma expansão da estrutura e, consequentemente, um aumento de custos.
A taxa de ocupação é calculada sobre o percentual do total de pacientes atendidos e a quantidade de leitos disponíveis por dia, excluindo-se os que estão bloqueados, em manutenção ou em isolamento. Este indicador também possibilita ao gestor conhecer o perfil de ocupação dos leitos (gênero e idade dos pacientes mais frequentes) e a maneira como são utilizados.
Além disso, o acompanhamento e a análise das taxas de ocupação dos leitos é um dos requisitos para se obter certificações e acreditações hospitalares como a ONA (Organização Nacional de Acreditação) e a JCI (Joint Commission International), as quais comprovam a qualidade dos serviços prestados e aumentam a credibilidade destes hospitais.
2. Tempo médio de permanência
O tempo médio de permanência é um dos principais indicadores para o auxílio de tomadas de decisões no dia a dia. Ele é resultado de um determinado intervalo de tempo que é dividido pelo total de pacientes que passaram pelo hospital naquele período – ou seja, deixaram o leito vago.
Dentro deste cálculo estão incluídos também o total de altas, transferências e óbitos. Além disso, o tipo de procedimento também é levado em conta, já que o perfil clínico influencia diretamente no tempo de permanência.
3. Indicadores de rentabilidade
Os indicadores de rentabilidade podem ser medidos de várias maneiras, como por exemplo, por procedimento, especialidade, médico, convênio ou setor. Ele é utilizado para verificar se a saúde financeira da instituição está indo bem.
Para isto, geralmente calcula-se o Retorno sobre o Investimento (ROI), que é feito da seguinte forma: receita – investimento / investimento. A partir do resultado é possível verificar se o objeto avaliado está trazendo lucro ou não para o hospital.
4. Indicadores de glosas e faturamento
Ao entender quais operadoras trazem o maior número de glosas para um hospital é possível identificar, por exemplo, falhas contratuais ou de processos, caso todas estejam com um percentual muito alto.
Quanto ao faturamento, que é um indicador fundamental para o bom e contínuo funcionamento do hospital, disponibiliza dados que ajudam ao gestor avaliar quais contratos são mais benéficos e devem permanecer.
5. Intervalo de substituição
O intervalo de substituição é o tempo médio em que o leito de um hospital fica desocupado – ou seja, o intervalo entre uma internação e outra. Para chegar neste dado, multiplicamos a média de permanência no leito pelo percentual de desocupação, dividindo o resultado pela porcentagem de ocupação.
Este indicador ajuda ao gestor criar estratégias para melhorar a produtividade e trazer mais lucros para o hospital, já que um leito vazio não gera receita.
6. Satisfação do paciente
O indicador de satisfação do paciente ajuda a gestão a estabelecer processos mais humanizados dentro do hospital e com isso oferecer um atendimento mais acolhedor. Isso ajuda a melhorar a imagem da instituição e, consequentemente, o lucro.
Este dado pode ser medido por meio de pesquisas de satisfação, como o NPS, que é o mais comum. Perguntas como “O que você achou do atendimento?” ou “Recomendaria nosso hospital para outras pessoas” podem constar no questionário, por exemplo.
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7. Avaliação da produtividade clínica
Alguns instrumentos para avaliar a produtividade clínica são os softwares que têm a vantagem de poderem ser gerenciados à distância, formulários com perguntas aos pacientes e/ou reuniões com a própria equipe de atendimento.
Por meio deste indicador é possível avaliar se os serviços prestados pelo hospital estão tendo um resultado bom, com efetividade, agilidade, qualidade e retorno financeiro, é claro. Isso possibilita também à gestão, uma visualização melhor do que merece mais investimento de tempo e recursos financeiros para aprimoramento.
8. Avaliação da produtividade da equipe
A produtividade da equipe pode estar ligada a diversos fatores, como o clima organizacional da instituição, envolvimento dos profissionais e nível de satisfação com o ambiente e ferramentas de trabalho.
Além disso, para medir este indicador, é preciso avaliar a quantidade de colaboradores que há por setor, porcentagem de faltas, afastamentos temporários, rotatividade e folha de pagamento.
Esses dados serão essenciais para verificar a necessidade de novas contratações, remanejamento para outros setores de forma estratégica por meio de demanda ou até mesmo de desligamento de funcionários, caso haja um número acima do que é necessário.
9. Taxa de mortalidade
A taxa de mortalidade é o resultado do número de óbitos em um determinado período dentro do hospital. Este indicador ajuda a identificar o percentual de mortes durante atos cirúrgicos e/ou por diagnósticos.
Caso o resultado esteja acima do que é esperado, a gestão deverá estabelecer novos processos e acompanhamentos para a diminuição do número de óbitos dentro do hospital.
Como fazer a análise crítica de indicadores hospitalares
Para analisar os indicadores hospitalares de uma forma mais estruturada, é preciso, primeiramente, verificar o último resultado e compará-lo com o anterior. Isso dará uma melhor dimensão do que melhorou ou piorou.
Depois disso, identifique e explique os fatores que levaram a esse determinado resultado, seja ele bom ou ruim. Em seguida, descreva as ações que foram executadas durante o período de vigência do indicador e as ações que serão tomadas para melhorá-lo.
Dessa forma, você terá uma análise mais completa e de fácil compreensão, o que ajudará em suas decisões futuras.